ECONOMIA| 06.11.2025
Como investir com o seu primeiro salário?
Toda pessoa que há algum tempo está no mercado de trabalho compreende a sensação de receber o primeiro salário. A alegria de ver a primeira remuneração refletida no banco. A satisfação do trabalho bem realizado e, principalmente, a expectativa de enfrentar tudo o que está por vir na trajetória profissional.
Ao se deparar com uma quantia de dinheiro, é comum sentir o desejo de gastar sem pensar. Porém, nesse momento é fundamental refletir, pois quando você começa a receber seu salário, é esse o momento ideal para planejar não apenas como gastar, mas como administrar o que entra.
Preparação do terreno antes do investimento
Investir o quanto antes possibilita que os lucros gerem novos lucros com o tempo. Quanto mais cedo começar, mais tempo o dinheiro terá para crescer e se multiplicar. Adicionalmente, começar ainda na juventude oferece margem para assumir um pouco mais de risco e aprender sem muita pressão. Isto aprimora a sua educação financeira e a tomada de decisões com maior inteligência no futuro.
Contudo, antes de se lançar diretamente a investir, é conveniente cobrir alguns aspectos financeiros fundamentais, como os seguintes:
- Conte com uma reserva de emergência: é aconselhável separar pelo menos alguns meses de gastos básicos antes de investir ativamente.
- Conheça suas despesas e elabore um orçamento: identificar o quanto entra (salário) e quanto sai (aluguel, transporte, alimentação, lazer) esclarece o quanto resta para investir. É essencial ter um conhecimento do orçamento que permita saber quanto pode ser alocado ao investimento sem comprometer as necessidades básicas.
- Garanta que não há dívidas com juros elevados: investir enquanto é preciso quitar uma carga financeira pode não ser o mais eficiente.
Começar a investir o primeiro salário: passos fundamentais
Uma vez que o mencionado acima está em ordem e estabelecido, aqui estão os passos para investir bem desde o primeiro salário:
1º Educação financeira: nas primeiras etapas para começar a investir, buscar informação é uma questão básica. Consumir conteúdo didático sobre finanças e conhecer os principais termos e modalidades de investimento é essencial.
2º Definir objetivos: é muito importante ter clareza sobre o motivo do investimento: trata-se de uma poupança a longo prazo (aposentadoria, lar) ou é um objetivo intermediário (viagem, formação)? Saber o “para quê” ajudará a escolher o “como”. Porém, uma coisa é evidente: quanto mais tempo o dinheiro investido for mantido, maior pode ser o resultado do crescimento composto.
3º Começar com pequenos montantes: não é necessária uma grande quantia para dar o pontapé inicial. Mesmo as contribuições pequenas e regulares podem gerar resultados a longo prazo.
4º Entender o perfil de risco: é fundamental conhecer seu comportamento na hora de investir. O seu perfil é mais conservador ou mais moderado? Considerando isso, é aconselhável combinar ativos mais seguros com outros de maior risco de acordo com seu perfil.
Quanto do primeiro salário é preciso investir?
Não existe um valor fixo para todos, mas, como regra geral, se você recebe um salário próximo ao mínimo, em 2025, o Salário-Mínimo Interprofissional (SMI) na Espanha foi fixado em 1.184 euros brutos mensais, em 14 pagamentos (equivalente a cerca de 16.576 € brutos anuais) para uma jornada completa, poderia ser dedicado entre 5% e 10% do que resta “líquido” após as despesas básicas, para a economia/investimento.
À medida que o salário aumenta ou seus gastos fixos diminuam, você pode elevar essa porcentagem.
Em que tipo de instrumentos investir?
Existem inúmeros instrumentos de investimento de acordo com os objetivos e o nível de risco desejado. Por exemplo, os fundos de investimento e os fundos indexados são uma boa opção para iniciantes, porque permitem diversificar o dinheiro entre diferentes empresas sem necessidade de escolher uma por uma. Em caso de buscar algo mais conservador, os depósitos a prazo ou as contas remuneradas oferecem segurança, ainda que com rentabilidade inferior. Por outro lado, se você está disposto a assumir mais risco em troca de mais benefícios potenciais, pode-se considerar ações, ou até mesmo planos de aposentadoria a longo prazo. O importante é adequar cada escolha ao perfil, objetivos e horizonte temporal.
Recomendações finais a serem consideradas
- Não é preciso aguardar até “ter bastante dinheiro” para começar: iniciar cedo, mesmo que com pouco, pode ser melhor.
- Não se informar ou deixar-se levar por “dicas mágicas”: o investimento exige um pouco de conhecimento e disciplina.
- Não deixar todas as economias “paradas”: porque podem ser deterioradas pela inflação.
- Revisar periodicamente: as circunstâncias mudam e o plano de investimento também deve ser ajustado.
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