CORPORATIVO | 31.10.2025
A MAPFRE alcança um lucro de 829 milhões nos primeiros nove meses, 26,8% a mais do que no ano anterior
- A rentabilidade cresce em todas as regiões e linhas de negócio, permitindo elevar o dividendo a receber para 7 centavos brutos por ação (+7,7%).
- Em conformidade com os critérios de prudência, foram registrados em setembro impactos extraordinários de 79 milhões decorrentes da deterioração parcial do ágio do México e do cancelamento de ativos por impostos diferidos na Itália e na Alemanha. Excluindo esses efeitos, o resultado se situaria em 908 milhões.
- Os prêmios geraram um crescimento de 3,5%, atingindo 22,384 bilhões, influenciados pelas taxas de câmbio. Com taxas constantes, o crescimento aumentaria até 7,8%.
- O índice combinado continua melhorando até se posicionar em 92,6% (-2,2 p.p.) e permanece o impulso do resultado financeiro.
- O ROE alcançou 12,4% (13,3% sem extraordinários) e os fundos próprios aumentaram 4,9%, ficando acima de 8,9 bilhões.
- O negócio de Automóveis contribuiu com 96 milhões para o resultado (+112 milhões em comparação com 9M 2024).
- IBÉRIA apresentou um incremento relevante do resultado líquido de 347 milhões (+22,5%) e um índice combinado de 95,9% (-2,5 p.p.), graças à melhoria dos negócios de Automóveis e Saúde.
- O resultado da AMÉRICA DO NORTE avançou consideravelmente para 99 milhões (+40,6%), com um índice combinado de 95,7% (-2,7 p.p.).
- LATAM registrou 340 milhões de lucro líquido (+11,3%), com uma relevante contribuição do BRASIL.
- A MAPFRE RE, que inclui os negócios de Resseguro e Global Risks, gerou um resultado de 256 milhões (+23,6%), permitindo o fortalecimento da prudência nas reservas.
“Em linha com o previsto no Plano Estratégico, mais um trimestre crescemos de maneira rentável em todas as regiões e linhas de negócio. A sólida evolução da empresa nos permite incrementar, pela quarta vez consecutiva, o dividendo que pagamos aos nossos acionistas”, afirma Antonio Huertas, presidente da MAPFRE. “Também gostaria de me unir pessoalmente ao agradecimento do Conselho a Catalina Miñarro, segunda vice-presidente, pelo seu compromisso e dedicação, ao concluir sua relação com este órgão por ter atingido o limite de três mandatos como conselheira independente”.
MAPFRE S.A. (MAPFRE) adverte que, salvo indicação contrária, os valores e indicadores contidos neste relatório de atividade são apresentados conforme os princípios contábeis vigentes em cada país (geralmente não aplicam as IFRS 17 & 9), homogeneizados para permitir comparação e agregação entre unidades e regiões. Para isso, foram aplicados determinados ajustes, sendo os mais relevantes os seguintes: a eliminação da amortização do ágio na Espanha e a eliminação das reservas catastróficas em alguns países da América Latina. O Grupo MAPFRE apresenta suas demonstrações financeiras segundo as normas internacionais vigentes (IFRS) semestralmente.
1. PRINCIPAIS MAGNITUDES – CONTABILIDADE LOCAL HOMOGENEIZADA

- Os prêmios cresceram 3,5% em euros, influenciados pelos movimentos das divisas. Com a taxa de câmbio constante, os prêmios aumentaram 7,8%, com Não Vida crescendo 6,3% e Vida 13,6%.
- A desvalorização da taxa de câmbio média, em comparação com setembro de 2024, afetou os números de crescimento, especialmente do real brasileiro, do dólar norte-americano, da lira turca e do peso mexicano.
- Nos ramos de Não Vida, Seguros Gerais apresentou queda (-2,6%) por conta da desvalorização das divisas e da desaceleração do negócio agrícola no Brasil. Por outro lado, o bom desempenho em IBÉRIA mitigou esses efeitos. Saúde e Acidentes cresceu (+4,9%) em todas as regiões. O ramo de Automóveis, que aumentou 2,3%, refletiu o incremento de tarifas e os ajustes de carteira.
- Quanto ao negócio de Vida, os prêmios aumentaram 9,7%, com um excelente desempenho no negócio de Vida Economia, tanto em IBÉRIA (+23,0%) quanto no RESTO LATAM (+47,3%).
- O resultado líquido, que cresceu 26,8%, atingindo 829 milhões, foi influenciado pelo seguinte:
- O aumento do resultado técnico de Não Vida, que totalizou 953 milhões brutos (+50,1%), decorrente das medidas técnicas implementadas. Durante o trimestre, aumentou-se ainda mais a prudência nas reservas.
- A contribuição destacada do resultado financeiro bruto de Não Vida, que atingiu 529 milhões (+8,8%), acima do ano anterior.
- O negócio de Vida, apoiado pela IBÉRIA e LATAM, que obteve um resultado atribuível de 180 milhões, com um notável índice combinado de Vida Risco de 84,6% (-0,8 p.p.).
- As mais-valias líquidas realizadas que estiveram em linha com o ano anterior (29 milhões em 9M 2025 em comparação com 35 milhões em 9M 2024).
- Menores ajustes negativos por hiperinflação (-24 milhões em 9M 2025 em comparação com -47 milhões em 9M 2024).
- Por fim, a revisão de algumas rubricas do balanço. Em conformidade com os critérios de prudência, registrou-se um impacto líquido de -79 milhões, dos quais -38 milhões correspondem à deterioração parcial do ágio do México e o resto ao cancelamento de ativos por impostos diferidos na Itália e na Alemanha (-31 e -9 milhões, respectivamente). Em 9M 2024, foram registrados impactos da deterioração parcial do ágio da Verti Alemanha (-90 milhões) e receitas extraordinárias de 35 milhões devido a vários ajustes fiscais.
- A taxa combinada do ramo Não Vida melhorou 2,2 pontos percentuais, chegando a 92,6%.
- O índice de sinistralidade cai 2,3 pontos, para 65,1%, apoiado no crescimento rentável, nos ajustes tarifários e em outras medidas técnicas.
- Por outro lado, a taxa de gastos permaneceu estável (27,5%).
- No ramo de Automóveis, o índice combinado avançou 4,6 p.p., chegando a 99,6%, com melhorias significativas na maioria dos mercados.
- Seguros Gerais conservou um excelente índice de 80,5% (-0,5 p.p.), enquanto o índice de Saúde e Acidentes melhorou até 96,8% (-3,0 p.p.).
- Os fundos próprios alcançaram 8,924 bilhões (+4,9% durante o ano), graças à grande contribuição do resultado. A melhoria das mais-valias líquidas não realizadas da carteira disponível para venda ajudou a amenizar as diferenças de conversão negativas, principalmente procedentes da depreciação do dólar.
- A carteira de investimentos é detalhada a seguir:

- A taxa de Solvência II permaneceu dentro da faixa-alvo, em 208,7% no final de junho de 2025, em comparação com 207,4% no final de dezembro de 2024.
2. INFORMAÇÕES POR REGIÕES E UNIDADES


IBÉRIA aumenta o resultado mais de 22,5%, mantendo sua sólida gestão técnica com um índice combinado de 95,9%
- Os prêmios em IBÉRIA alcançaram 7,824 bilhões (+9,3%), dos quais a Espanha contribuiu com 7,508 bilhões (+10,0%). Em Portugal, os prêmios atingiram 316 milhões.
- Os prêmios de Não Vida subiram 4,9%, com bom desempenho em todas as linhas de negócio. Seguros Gerais avançou (+6,7%) impulsionado por todos os ramos. É importante ressaltar o crescimento notável no ramo de Empresas. Por sua vez, os prêmios de Automóveis cresceram 3,2%.
- O índice combinado de Não Vida se reduziu em 2,5 p.p., alcançando 95,9%:
- Automóveis continuou com a sua evolução positiva, atingindo 98,5% (-6,2 p.p.) devido às medidas técnicas aplicadas.
- Seguros Gerais manteve um índice de 94,2% (+0,8 p.p.).
- Saúde e Acidentes se reduziu até um notável 95,0% (-4,5 p.p.).
- Um crescimento expressivo foi registrado nos prêmios de Visa (+20,2%), ocasionado pela excelente emissão em produtos da Economia, enquanto os prêmios de Vida Risco avançaram 1,9%. O negócio de Vida contribuiu com 92 milhões para o resultado, com uma boa participação do negócio de Risco, cujo índice combinado continuou em um excelente 67,3%.
- A rentabilidade da carteira de investimentos contribuiu de maneira muito positiva para o resultado financeiro. As mais-valias líquidas realizadas estiveram alinhadas com o ano anterior.
- O resultado líquido foi de 347 milhões (+22,5%), dos quais a Espanha contribuiu com 337 milhões e Portugal com 10 milhões.
LATAM continua aumentando sua contribuição com 340 milhões de lucro (+11,3%)
BRASIL mantém um ROE acima de 27% sustentado pelas sólidas margens técnicas e pela elevada rentabilidade dos investimentos
- No Brasil, os prêmios somaram 3,312 bilhões de euros (-11,5%), fortemente impactados pela desvalorização do real brasileiro (-9,0%). Em moeda local, o volume de negócios apresentou uma diminuição de 2,8%. Os negócios do Agro e Vida Risco continuaram muito afetados pelas altas taxas de juros, que frearam a contratação de seguros vinculados a créditos, além da situação geopolítica e macroeconômica. Por outro lado, outros ramos de Seguros Gerais, tanto industriais quanto particulares, apresentaram uma evolução positiva.
- O índice combinado de Não Vida continuou em um nível excelente de 72,1% (-2,0 p.p.). Seguros Gerais registrou um índice de 63,3% (-1,6 p.p.), com apoio da rentabilidade do ramo de Agro. O índice de Automóveis foi de 101,4% (+0,3 p.p.).
- O resultado financeiro de Não Vida continuou sua evolução muito favorável pelas altas taxas de juros.
- Por sua vez, o negócio de Vida Risco manteve uma forte rentabilidade, com um índice combinado de 82,1% (-2,1 p.p.).
- O resultado líquido foi de 199 milhões (+6,1%).
RESTO LATAM aumenta seu resultado para 141 milhões (+19,4%), com evolução positiva em quase todos os países
- Os prêmios em euros aumentaram 3,6%, muito afetados pelas taxas de câmbio, enquanto cresceram em moeda local nos mercados mais relevantes.
- O índice combinado melhorou para 96,0% (-3,0 p.p.), com evolução favorável em quase todos os ramos, especialmente Seguros Gerais (-6,2 p.p.) e Automóveis (-4,2 p.p.).
- Tanto as receitas financeiras quanto o negócio de Vida continuaram contribuindo de maneira significativa para o resultado.
- No México, os prêmios apresentaram crescimento de 26,3% em moeda local. Em euros, os prêmios atingiram 1,516 bilhões (+12,2%), apesar da depreciação do peso (-11,2%). Tanto o ramo de Vida (+41,2%) quanto o de Saúde e Acidentes (11,3%) apresentaram uma recuperação notável. O índice combinado melhorou para 96,3% (-2,4 p.p.), e o resultado líquido atingiu 37 milhões (-3,3%).
- No Peru, os prêmios aumentaram 8,0% em moeda local. Em euros, totalizaram 639 milhões (+9,2%). O índice combinado melhorou para 95,1% (-1,7 p.p.), e o resultado atingiu 38 milhões (+2,6%).
- Na Colômbia, os prêmios cresceram 7,7% em moeda local. Em euros, os prêmios estiveram em 425 milhões (+1,4%), impactados pela desvalorização do peso colombiano (-5,9%). O índice combinado está em nível excelente de 90,1% (-3,3 p.p.) e o resultado subiu para 27 milhões (-4,4%).
- O impacto negativo no resultado atribuído dos ajustes por hiperinflação, decorrentes principalmente da Argentina, foi menor (-8 milhões em 9M 2025 em comparação com -32 milhões em 9M 2024).
AMÉRICA DO NORTE aumenta seu lucro para 99 milhões de euros (+40,6%) e melhora o índice combinado até 95,7%
- Os prêmios somaram 2,041 bilhões (-4,0% em euros), impactados pela desvalorização do dólar (-2,9%). Em moeda local, os prêmios diminuíram 1,1%.
- O índice combinado de Não Vida melhorou para 95,7% (-2,7 p.p.), devido às medidas técnicas e aos ajustes de tarifas implementados nos últimos anos. Os índices combinados de Automóveis e Seguros Gerais mantiveram uma tendência positiva, atingindo 97,6% (-3,2 p.p.) e 83,1% (-1,9 p.p.), respectivamente.
- Os Estados Unidos obtiveram 1,752 bilhões em prêmios e um lucro de 85 milhões.
- Porto Rico registrou prêmios de 288 milhões e um resultado de 14 milhões.
EMEA apresenta, pelo segundo trimestre consecutivo, números positivos com melhorias relevantes na Alemanha e na Itália
- Os prêmios atingiram 1,235 bilhões (+13,3%) com crescimentos notáveis em todos os mercados, apesar da desvalorização da lira turca (-21,9%).
- Turquia e Malta seguiram contribuindo positivamente, enquanto a Alemanha e a Itália reduziram as perdas de maneira significativa, melhorando o índice combinado da região para 106,7% (113,2% em 9M 2024) e o resultado para 7 milhões (-19 milhões em 9M 2024).
A MAPFRE RE obtém um lucro de 256 milhões de euros (+23,6%)
- Os prêmios atingiram 6,370 bilhões (+1,3%), impactados pela desvalorização de moedas, principalmente do dólar americano. Incluem-se os negócios de Resseguro, que contribuíram com 4,957 bilhões (+2,3%), e o de Riscos Globais, com 1,413 bilhões (-2,0%).
- O índice combinado alcançou um excelente 93,8% (-1,8 p.p.), enquanto a prudência continua sendo reforçada nas reservas. No decorrer do terceiro trimestre, não houve sinistros relevantes, e o evento mais significativo do ano continua sendo os incêndios na Califórnia do mês de janeiro.
- A rentabilidade da carteira de investimentos contribuiu de maneira muito positiva para o resultado financeiro.
- O lucro líquido atingiu 256 milhões, dos quais o Resseguro contribuiu com 225 milhões, com um índice combinado de 94,1% e o negócio de Riscos Globais com 31 milhões e um índice combinado de 89,3%.
MAWDY consolida sua contribuição positiva ao Grupo
- As receitas operacionais, que incluem os prêmios e as receitas por serviços, alcançaram 354 milhões e a unidade apresentou um lucro líquido de 3 milhões de euros, com uma melhoria de 1,4 p.p. no índice combinado até 92,6%.
3. DIVIDENDOS
Aprovação de um dividendo a receber de 7,0 centavos
- O Conselho de Administração aprovou um dividendo a receber para este exercício de 7,0 centavos por ação, que será pago no próximo dia 28 de novembro.
- Deste modo, o dividendo total pago em 2025 alcançará 16,5 centavos por ação.
